O TCU investiga repasses de dinheiro do governo à UNE. Já descobriu que parte dos recursos foi usada em festas e na compra de uísque, vodca, cerveja...
Voz rouca: Com o patrocínio do governo,
hoje os estudantes ligados à UNE promovem manifestações em prol de
causas de interesse do patrocinador
(Pedro Ladeira/Frame)
Fundada em 1937, a União Nacional dos Estudantes (UNE) foi protagonista
de inúmeros episódios de luta por ideais republicanos. Na década de 40,
combateu a influência do fascismo europeu no Brasil. Durante os anos
mais trevosos do regime militar, seus principais líderes empunharam
armas para reivindicar democracia. Essa gloriosa história pertence ao
passado. A moçada agora quer sombra, uísque, gelo e água fresca grátis
em troca de servidão automática ao governo. Contestação é coisa de
otário. Os líderes da principal entidade estudantil brasileira dissipam
sua náusea burguesa com garrafas de vodca, uísque, gelo e caixas de
cerveja pagos com nosso dinheiro. Compram tênis e bolsas Puma, Nike ou
Adidas, símbolos do “imperialismo”, e mandam a conta para os proletários
brasileiros que trabalham e pagam impostos.
A atuação pelega da UNE de hoje envergonha seus heróis do passado.
Dominada por parasitas do PCdoB desde os primórdios, a entidade perdeu a
força, a voz — e o pudor. Desde 2003, recebeu 42 milhões de reais de
dinheiro tomado pelo governo dos proletários brasileiros e entregue aos
pequeno-burgueses que fingem estudar. O Tribunal de Contas da União
(TCU) resolveu esmiuçar a aplicação desses recursos e deparou com
gravíssimos indícios de irregularidades.
Despesas injustificáveis, descritas em notas fiscais suspeitas, amontoam-se nas prestações de contas investigadas.
Somente em um convescote da UNE de 2008, apelidado de Caravana
Estudantil da Saúde, o TCU suspeita que mais de 500.000 reais tenham
sido roubados. Essa foi a quantidade de dinheiro que sobrou depois que
todas as despesas previstas foram pagas. A UNE devolveu os recursos?
Não. Como todo militante adulto da corrupção, a entidade dos jovens
mandou avisar que gastou o dinheiro do povo com “assessorias”. “Não
tenho conhecimento de irregularidades", diz Daniel Iliescu, presidente
da UNE que assumiu há quatro meses. "Se houver e formos notificados pelo
TCU, vamos corrigi-las”. Notas fiscais analisadas pelo tribunal mostram
que a “revolução pela garrafa” é a nova palavra de ordem da UNE. Sob a
fachada de promover Atividades de Cultura e Arte da UNE, em 2007, os
pequeno-burgueses da UNE beberam caixas e caixas de cerveja, garrafas de
uísque escocês e de vodca. Diz o procurador do TCU Marinus Marsico: “É
evidente o descaso da UNE com o patrimônio público. Fico estarrecido de
ver tanto dinheiro do povo usado sem obediência aos princípios da
moralidade”. Continuem assim, jovens revolucionários da garrafa, um
ministério os espera.
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