Operação da Polícia Militar no Morro do Timbau, Maré acaba com feira e planta o terror entre feirantes e moradores

Na manhã dessa terça-feira, dia 1 de feveirero um dos blindados da Polícia Militar subiu o Morro do Timbau numa operação equivocada e aparentemente sem visar em momento algum garantia de segurança para as pessoas. O blindado subiu até a Praça mais alta da comunidade. Nessa permaneceu antes de virar o veículo e derrubar um muro. Houve uma primeira troca de tiros com traficantes e em sua descida o veículo bateu na frente de um carro estacionado no local. Em vez de descer pelo caminho que subiu, o Policiais desceram com o blindado pelo lado da Rua Nova Jerusalém, na qual, todas as terças há anos acontece a feira semanal da comunidade. Na descida houve troca de tiros novamente e moradores e feirantes se esconderam dentro de casa e becos para se protegerem das balas.
Mas o blindado desceu rumo à feira e fez-se necessário voltar até a Rua para ver o que estava acontecendo. Nisso os policiais não deram tempo para os feriantes tirarem suas barracas e o blindado começou a derrubar as primeiras mesas com produtos. Os policiais deram ordens para os feirantes tirarem suas mesas e abrirem o caminho. Logo em seguida o blindado abriu fogo em direção aos traficantes localizados em becos para cima do morro. Assim, a Polícia, em vez de parar o blindado e proteger a Feira e a população, colocou a vida de feirantes e moradores em risco expondo-os no meio do fogo cruzado, coagidos tendo que obedecer as ordens violentas da Polícia de abrir o caminho e com a tentativa de salvar sua mercadoria. Mas não tiveram chance e o blindado desceu direto passando por cima da feiraquebrando barracas, derrubando produtos e equipamentos dos feirantes.

Estima-se que o total do prejuízo para os comerciantes esteja em torno de no mínimo R$ 3.000,00. Além de derrubar um muro e quatro carros terem sido perfurados por balas na lataria e nas janelas. Por muita sorte ninguém ficou ferido.

Após o caos deixado pelos Policiais, foram registrados diversos depoimentos dos feirantes:

“Sem o tráfico a polícia passa fome, por isso que fizeram isso, não ganharam o dinheiro [Era o que queriam na operação].”

“Falaram se a gente não tirasse eles iam passar por cima, mas eles não deram tempo, o tiro tava comendo, o caveirão entrou e passou levando tudo. Meu prejuizo é de R$ 300,00”

“Simplesmente eles vieram levando tudo, levou barraca ,levou lona, só não perdi mais porque vi eles hegando e tentei tirar o que pude, tenho prejuizo de R$120,00 contando com o meu dia de trabalho e sem
contar com o perigo que a gente correu na hora, a gente tirando as coisa e eles atirando.”

“30 homens da polícia armados de fuzil e pistola e mais ou menos 50 feirantes com laranjas, verduras ec ebola. Isso é um absurdo, perdi de R$ 80 a R$ 100, não só trabalho como também moro aqui, não aguento
mais isso. Tem 3 meses que não venho trabalhar e quando chego é isso que acontece.”

“Olha minha filha foi bala para todos os lados, eles comecaram atirando estou tremendo até agora, aqui na minha barraca destriu tudo você pode vê meu prejuizo perdi R$1500 meu som esta todo quebrado,
olha para o homem da barraca de remédios, o da barraca das verduras todos ficaram no prejuizo.”

“Eu não perdi muita coisa, mas o pior é a falta de respeito, o perigo que todos passamos, toda semana é isso, o horário que a comunidade tá na rua isso acontece.”

Esse texto foi escrito por um grupo de pessoas que estavam no local na hora dos acontecimentos, as fotos tiradas por feirantes. Por questõesde segurança anonimisamos todos que contribuiram com esse relato.















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