# Assistência estudantil #

Moradia estudantil, restaurante universitária barato e de boa qualidade, bolsas sociais, acadêmicas, de transporte e alimentação; assistência social, médica, odontológica e atendimento extra-classe de apoio psico-pedagógico para os estudantes que apresentam mais dificuldades de compreensão; creches para filhos de mães e/ou pais estudantes; ampliação e constante renovação de acervos bibliográficos; transporte público de qualidade; estrutura de esporte, cultura e lazer; esses são alguns elementos do que chamamos de assistência estudantil.

Uma assistência estudantil de qualidade é o que garante um caráter realmente público à Universidade. Não basta a garantia de acesso à universidade (hoje muito limitada com o vestibular e o Novo Enem, mesmo com a expansão de vagas) sem que o Estado garanta também a possibilidade de permanência, com condições dignas e satisfatórias, para as(os) estudantes, principalmente para aqueles com condições mais precarizadas.

Infelizmente nenhum governo vê ou viu de forma séria a assistência estudantil como elemento fundamental para construção de uma universidade de fato pública. Até hoje o movimento estudantil luta pela criação de uma rubrica específica (uma dotação de verbas destinadas só a isso) para a assistência estudantil. Na contramão das reivindicações históricas do movimento estudantil, o projeto de reforma universitária do governo Lula pretendia colocar como patamar para esse investimento 9% das verbas de custeio (ou seja, quase nada, e se for mais que 9%, ainda falta em outra área de investimento) .

A Universidade e o seu curso apresentam condições satisfatórias e programas de assistência estudantil capazes de atender as necessidades de todos os estudantes de seus cursos? Os programas de assistência são encarados como direito de todo e qualquer estudantes, ou neles há algum caráter assistencialista, de moeda de troca ou de abuso em relação ao estudante?

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