Rio de Janeiro, 07 de Abril de 2013.
A Assembleia do Alojamento estudantil da UFRJ vem, por meio desta,
repudiar a forma arbitrária e impositiva como se apresenta o projeto de
reforma da Residência Estudantil (Alojamento), por parte da
superintendência de assistência estudantil (Superest)/Reitoria.
Somos sim a favor de que ocorra a reforma no Alojamento, mas
consideramos ameaçadora e mal planejada a forma como se dá este processo
de reforma, conforme a carta direcionada aos moradores do Alojamento,
na qual deveriam aderir à proposta dada, de forma vertical, no prazo de
duas semanas. A proposta apresentada consta em acrescentar ao Benefício
Moradia (400 reais) um auxilio financeiro emergencial (também de 400
reais). Valor que consideramos não atender as demandas de habitação na
cidade do Rio de Janeiro (dados os gastos com frete, a necessidade de um
fiador o seguro fiança). Tal proposta se contrapõe, inclusive, ao
projeto que fora apresentado aos moradores do Alojamento, por parte da
administração, no ano de 2012 – onde tal reforma seria realizada por
colunas, sem necessidade de grandes remanejamentos.
Julgamos que a
Superest/Reitoria se utiliza do uso de forças coercitivas e
injustificáveis para a execução da obra, e sem participação do corpo
discente. Forçado-nos a decidir nosso futuro em apenas duas semanas.
Vale constar que não há nenhuma garantia de volta dos moradores para o
Alojamento. Nem garantias suficientes para os moradores agregados – no
contrato assinado por nós, ter um agregado consta em sanções, podendo
chegar a expulsão do morador oficial. A garantia dada ao agregado, até o
momento, é apenas verbal. Acrescentamos, ainda, que não há garantias do
bem-estar necessário dos moradores que optarem por ficar – como a bom
funcionamento dos serviços de luz, água, internet, alimentação e demais
serviços de manutenção e segurança predial.
A proposta de migração
para o sistema de bolsa deixa toda a responsabilidade da procura de
moradia e seus respectivos gastos, como luz, água, gás... Incluindo
também toda a problemática que isso acarreta, até o final das obras,
sobre o encargo dos estudantes. Ou seja, a única garantia dada é uma
bolsa de 400 reais.
Como já foi dito, somos a favor da reforma,
porém discordamos com a forma como está sendo imposta. Entendemos que a
reforma nas residências é demanda histórica do movimento estudantil, é
óbvio que é nossa vontade que esta obra ocorra, porém a atual proposta
se apresenta de forma autoritária, vertical, sendo feita sem
disponibilizar tempo hábil para que houvesse diálogo com os estudantes
moradores. Faltando, inclusive maiores esclarecimentos sobre o contrato,
como memorial descritivo e projeto executivo.
Por fim, nós,
moradores do Alojamento da UFRJ nos negamos a sair desta residência
enquanto não houver garantias desta instituição quanto ao cumprimento de
suas próprias responsabilidades, de assistência e de moradia
estudantil. Propomos que haja um remanejamento dos moradores para o novo
alojamento que está sendo construído ao lado do CCMN. Esta é a única
solução que entendemos viável na conjuntura que estamos inseridos.
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