As atribuições administrativas da
Prefeitura Universitária, ainda desconhecidas por boa parte dos discentes da
universidade, nos levam a uma possível comparação a qualquer outra prefeitura
do regime republicano burguês. Certa vez um universitário perguntou, quando
soube da tal prefeitura. Tem vereadores? Eles fiscalizam o executivo e propõe
projetos? Não, não tem vereadores universitários e muito menos a prefeitura é
fiscalizada seriamente por qualquer instancia da universidade. Em teoria tal
prefeitura está submetida ao reitor e aos conselhos. A escolha do prefeito é
uma indicação política do reitor da universidade, que não foge a regra das
demais indicações políticas, neste caso é um apadrinhado político que compartilha
da política de precarização e privatização da UFRJ.
Os conselheiros - CEG, CONSUNI, CEPEG
- da universidade que buscam manter seus feudos e seus editais com entrada de
dinheiro através do monstrengo da fundação fazem vista grossa a qualquer
desmando da prefeitura, cargo político do reitor! Poucos são aqueles que ousam
levantar sua voz contra tal postura, geralmente são os poucos representantes
discentes combativos que são criminalizados antes mesmo de fechar a boca. Boa
parte dos conselheiros não quer se envolver com coisas menores da universidade!
Moradia, bandejão lazer para os estudantes, segurança no fundão coisa do tipo é
perda de tempo e certamente não deve vale nada no Lattes de ninguém. Justiça
seja feita, pouquíssimos conselheiros são aliados dos estudantes nestes espaços
extremamente reacionários.
A ausência de uma política administrativa
é regra geral nos órgãos do atual reitorado, nunca se sabem que caminhos burocráticos
ou procedimentos se usar para viabilizar as reivindicações dos estudantes. As
escolhas subjetivas e espontâneas impera nas salas da reitoria, reforçando
assim a sociedade Gabriela, aquela dos coronéis. Para se conseguir transporte
ou auxilio transporte para fins acadêmico é necessário passar pelo jugo do
coronel fulano ou conhecer o “professor” tal. Nunca se sabe os procedimentos e
a coisa publica vira mais uma vez favor, usada para fazer política e se manter
no poder. Os coronéis da reitoria julgam o que é atividade acadêmica importante
para sua formação, passando assim por cima da sua unidade de formação, elas -
unidades de formação - em nada tem haver com isso, segundo o olhar dos coronéis!
O prefeito com seu sorriso simpático
e para todos que passam ha sua frente, até o Pirata o Matusalém recebem seus
sorrisos, (para que não sabe estes são dois dos 300 cachorros que vivem no
alojamento) não resolve as coisas mais básicas que temos por aqui. A sua fala
sempre gira entorno dos prazos, dos editais, da burocracia interna, da licitação,
dos projetos futuros etc desta que se diz a universidade do Brasil. Está
prefeitura até hoje não teve a capacidade de concretizar uma pauta mínima prometida pelo o ex-prefeito a mais de 3 anos atrás em uma reunião realizada no
Alojamento. Como se ver a falta de comprometimento com os alunos oriundos das
camadas populares é uma pratica comum entres os prefeitos da UFRJ.
Um exemplo, exemplar da
incompetência deste ser é a manutenção do atual “Campo de futebol do
Alojamento” – estamos aqui fazendo um esforço imenso para chamar aquilo de
campo de futebol -. O terreno é irregular e cheio de buracos, as traves são
soltas – nestas traves soltas já morreu uma pessoa -, os refletores são virados
para baixo e enferrujados por falta de manutenção – dinheiro publico jogado
fora-, as alvores não são podadas e etc. Este é apenas um dos exemplos do que
tocar a questão do Alojamento... não vamos aqui tocar na questão da falta de
energia que tem se tornado rotineira com as obras da Transcarioca, bebedouros
especiais “aqui eles não saem água”, lanche etc e coloca etc nisso.
Queremos parabenizar aos medíocres
administradores das políticas estudantis desta universidade, como se não
bastassem filas e mais filas nos bandejão, frequente falta de energia e água,
ônibus lotados etc. Agora a grande novidade é a constante falta de internet da
já precária rede construída por um estudante no alojamento, rede esta que se
encontra com constantes problemas e é insuficiente para todos os moradores. Nos
dias atuais os estudantes da maior universidade do Brasil são obrigados a
cumprir suas atividades acadêmicas sem a ferramenta da internet. Não por falta
de dinheiro, pois os recursos vêm do PNAES, falta prioridade para atender as
camadas populares da universidade, esta tem sido a regra dos “administradores”.
Para aqueles que acham que a luta
de classe acabou, sucumbiu como defende os autores da pós-modernidade. Olham
para a realidade se deparam com uma universidade onde os poderosos desfrutam
dos recursos dos impostos dos pobres e os pobres desfrutam da pobre política
elaborada por mentes pobres e “implementadas” por dirigentes caducos e
reacionários. Olham para a realidade e se deparam com meninos de 19 a vinte
poucos anos vivendo com uma bolsa menor que os tickets refeições dos professores,
olham para realidade e veem alunos passando fome no IFCS e na Praia Vermelha
por não ter bandejão, olham e veem alguns professores ganhado rios de dinheiros
com “seus projetos” vinculados as grandes empresas, transformando o publico em
privado. A onda do momento o professor empreendedor!
Muitos alunos desistem, jogando
fora o sonho da família de ter um “doutor”. Outros enlouquecem! Outros marcham
em um pequeno e unido grupo por um caminho difícil. Mas, com a certeza e
clareza teórica da construção de uma outra universidade, aquela onde os filhos
dos trabalhadores que à sustenta possa estudar em boas condições e que do fruto
do seu trabalho possa contribuir para uma sociedade mais igualitária. Que suas
descobertas cientificas não sirvam mais as grandes multinacionais e a intensificação
da exploração dos trabalhadores, mas sim ao povo.
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