Por um novo alojamento.





No paradigma dos direitos e competições, surge o conceito de desigualdade social e, nesta evolução histórica das últimas décadas, construíram-se possibilidades e instituições admiráveis. A perspectiva da desigualdade passou a permear legislações, a construir um sistema de exclusão, a rechear diálogos e medir governos, atitudes, intenções e democracias. Por outro lado, no coração de várias pessoas, tal noção abriu a possibilidade de às vezes fugindo do pior, ou às vezes buscando algo além, superando as noções antigas da realidade e buscando horizontes em um lugar que antes era inimaginável.




Um novo começo é ter presente e declarar que as pessoas são tão humanas como qualquer outro universitário da faculdade, que escolheu para procurar melhores condições de vida, segurança, qualidade, e uma formação profissional digna. Garantindo que não sejam, como de fato não são, “ uma carga indesejável”, “ um alienígena”, ou até “um ato de caridade”. E passar a entendê-los, como uma riqueza, acreditar e expressar que a sua presença é um privilegio para que se faça crescer, transformar e encontrar um elo perdido pelo sistema.





Resquício de um período sombrio, o alojamento estudantil é o principal instrumento de moradia dos universitários de origem simples na universidade federal, contudo, a descortesia em derrogar o respeito à dignidade humana prevalece naqueles que deveriam zelar e preservar o bem estar de todos, considerando insuficiente em muitos aspectos qualquer necessidade de atribuir valor e direitos a uma minoria vista em consenso denominada comum e insignificativa, por tanto, encontra-se sem qualquer estrutura e condições mínimas para uma moradia o alojamento, esquecido por quem deveria preservar o patrimônio publico, em vez de, renegar e esconder sua existência na vida acadêmica.





A universidade deveria considerar ao pregar objetivos fundamentais como a dignidade, cidadania, uma sociedade livre, justa, solidária, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor e qualquer outra forma de discriminação. Se não possui uma postura ao nível do discurso que tanto prega? A final que instituição é esta sem distinção da realidade e o inimaginável?

















Gaby.


Nenhum comentário: