Estudantes denunciaram a presença de ninhos de ratos e pombos nas caixas d’água do Alojamento
O debate dos candidatos a reitor da UFRJ, realizado no auditório do CT, na última terça-feira (29), no Fundão, começou quente. Um grupo de estudantes do Alojamento universitário realizou um protesto denunciando a situação precária com as quais são obrigados a conviver diariamente. Os estudantes estão desde o dia 24 sem luz e água. Além disso, descobriram ninhos de pombo e rato nas caixas d’água que alimentam todo o prédio.
O debate dos candidatos a reitor da UFRJ, realizado no auditório do CT, na última terça-feira (29), no Fundão, começou quente. Um grupo de estudantes do Alojamento universitário realizou um protesto denunciando a situação precária com as quais são obrigados a conviver diariamente. Os estudantes estão desde o dia 24 sem luz e água. Além disso, descobriram ninhos de pombo e rato nas caixas d’água que alimentam todo o prédio.
Os estudantes reivindicavam a criação de uma comissão técnica para avaliar as condições das instalações hidráulicas e elétricas, dedetização, assistência médica e a restauração imediata do abastecimento de água e luz.
Água para beber
Deise Pimenta, representante discente no CEG, alegou que a universidade sofreu um processo de expansão só em números, “sem qualidade, sem investimento”: “Essa água, com a presença de animais, é a mesma que utilizamos para beber, para tomar banho e lavar roupa. Trouxemos um pouco para que os candidatos possam dela beber e compartilhar conosco o que a universidade nos oferece”, disse. Os candidatos, porém, não beberam da água.
Sheila Dias, estudante de Serviço Social, também alojada, fez referência ao incêndio ocorrido no dia anterior no Palácio Universitário: “O que aconteceu na Praia Vermelha não está descolado do que vem acontecendo todos os dias no Alojamento e nas várias Unidades da UFRJ. Não podemos ter menos do que está garantido na nossa Constituição. Nós, estudantes, não vamos nos calar”.
Audiência com o reitor
Com o ato, os estudantes conseguiram uma audiência com o reitor Aloísio Teixeira, que estava no gabinete, para aquele mesmo horário. Segundo Sheila Dias, uma equipe técnica foi enviada pela reitoria para avaliar as condições do alojamento. Canos, fios e outros materiais necessários para os reparos das instalações hidráulicas e elétricas já haviam sido comprados e aguardam apenas a avaliação técnica para que os reparos possam ser realizados. Os estudantes também conseguiram agendar para o dia 12 de abril uma nova reunião com a reitoria, dessa vez com todos os alojados, para discutir a pauta de reivindicações. O horário e o local ainda não foram definidos.
Principais assuntos
O debate, seguindo o mesmo modelo dos anteriores, foi organizado em quatro blocos: apresentação dos candidatos, dois outros nos quais os reitoráveis perguntavam-se entre si e no último bloco os candidatos responderam a perguntas elaboradas pela comunidade acadêmica. As questões mais citadas foram segurança, expansão da universidade, cursos noturnos, assistência estudantil e política de pessoal.
No último bloco, duas perguntas foram encaminhadas a todos os candidatos. Selecionamos uma delas. Confira as respostas:
Como os candidatos avaliam as condições dos cursos noturnos no Fundão e como pretendem dar seguimento às propostas em curso?
Alcino Ferreira
“É uma situação muito difícil. Uma série de serviços que funciona de dia, não funciona à noite. Os cursos noturnos acontecem de maneira muito espaçada, fisicamente longe uns dos outros. Precisamos de uma concentração desses alunos em um espaço menor, porque isso maximiza questões de segurança, transporte e alimentação”. Ele também defendeu que deve haver cursos em todas as áreas: “Esse é um dos instrumentos mais claros de justiça social”.
“É uma situação muito difícil. Uma série de serviços que funciona de dia, não funciona à noite. Os cursos noturnos acontecem de maneira muito espaçada, fisicamente longe uns dos outros. Precisamos de uma concentração desses alunos em um espaço menor, porque isso maximiza questões de segurança, transporte e alimentação”. Ele também defendeu que deve haver cursos em todas as áreas: “Esse é um dos instrumentos mais claros de justiça social”.
Angelo Cunha
“Cursos noturnos significam justiça social e a expansão deve se dar principalmente nas licenciaturas. É difícil abrirmos à noite algumas bibliotecas. Expansão de cursos à noite exige a contratação de novos docentes. Não podemos nos esquecer que é a noite que nós fazemos essa justiça social, porque vamos atender àquela grande massa de jovens que não tem condições de cursar uma universidade pública. Expansão sim, mas com mais docentes para cursos noturnos”.
“Cursos noturnos significam justiça social e a expansão deve se dar principalmente nas licenciaturas. É difícil abrirmos à noite algumas bibliotecas. Expansão de cursos à noite exige a contratação de novos docentes. Não podemos nos esquecer que é a noite que nós fazemos essa justiça social, porque vamos atender àquela grande massa de jovens que não tem condições de cursar uma universidade pública. Expansão sim, mas com mais docentes para cursos noturnos”.
Godofredo Neto
“Implantei os primeiros cursos noturnos na UFRJ. Eles exigem bibliotecas abertas, laboratórios funcionando. É importante que alunos que trabalhem tenham acesso à universidade. Mas que haja qualidade. A formação dos alunos deve ser idêntica a dos alunos diurnos. Não basta um relatório de constatação de números, o fundamental é que se exija a mesma qualidade dos cursos diurnos”.
“Implantei os primeiros cursos noturnos na UFRJ. Eles exigem bibliotecas abertas, laboratórios funcionando. É importante que alunos que trabalhem tenham acesso à universidade. Mas que haja qualidade. A formação dos alunos deve ser idêntica a dos alunos diurnos. Não basta um relatório de constatação de números, o fundamental é que se exija a mesma qualidade dos cursos diurnos”.
Carlos Levi
“A expansão dos cursos noturnos é de grande impacto social. A universidade tem toda a condição de se empenhar ainda mais nisso. É um absurdo que a gente trate os cursos noturnos com diferenciação, com outra expectativa que não a qualidade. Já existem ganhos efetivos, como a melhora do nosso sistema de iluminação, do transporte, mas ainda há limites na oferta de alimentação. Essas perspectivas vão se ampliando na medida em que avançamos na oferta desses cursos”.
“A expansão dos cursos noturnos é de grande impacto social. A universidade tem toda a condição de se empenhar ainda mais nisso. É um absurdo que a gente trate os cursos noturnos com diferenciação, com outra expectativa que não a qualidade. Já existem ganhos efetivos, como a melhora do nosso sistema de iluminação, do transporte, mas ainda há limites na oferta de alimentação. Essas perspectivas vão se ampliando na medida em que avançamos na oferta desses cursos”.
2 comentários:
Quem é o reporter do texto ???Bela reportagem.
Os cartazes ficaram lindos na foto. Hauahaua!!
este rexto é dos jornalistas da ADUFRJ, saiu na ultima edição do jornal. Não ta assinada por ninguém
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