Estudantes e petroleiros voltam a ocupar as ruas do Rio e iniciam jornada nacional contra os leilões

O anúncio do ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, no início de janeiro, de que realizaria leilões de petróleo ainda no primeiro semestre desse ano não demorou em receber resposta à altura. Estudantes de diversas organizações com apoio do Sindipetro-RJ realizaram um ato, com cerca de 800 pessoas, contra os leilões do petróleo brasileiro na manhã dessa segunda (17). A militância da campanha “O Petróleo Tem que Ser Nosso” promete empenhar toda a energia necessária para impedir a privatização dos nossos recursos naturais.
- Queremos ver o Brasil inteiro nas ruas defendendo que todo o recurso do petróleo seja utilizado para transformar a vida do nosso povo. Não podemos deixar que entreguem mais uma vez nossas riquezas, como já fizeram com o pau-brasil, com o ouro, a cana-de-açúcar, o café. Agora que o governo começa a anunciar a realização de leilões, precisamos fazer barulho e deixar o nosso recado. Vamos barrar os leilões do petróleo! – agita Emanuel Cancella, diretor do Sindipetro-RJ.
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Com esse primeiro ato de rua, a direção do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro espera deslanchar um amplo processo nacional de luta contra os leilões do petróleo. A massiva participação dos estudantes presentes no 13º Congresso Nacional de Entidades de Base da UNE, ocorrido entre os dias 15 e 17 de janeiro, trouxe um novo gás para a campanha “O Petróleo Tem que Ser Nosso”. “Os estudantes sempre tiveram uma participação decisiva nas lutas em defesa da nossa soberania. Com eles, a campanha dá um salta de qualidade” – explica o economista Francisco Soriano, também diretor do Sindipetro-RJ.

Do Rio de Janeiro para o Brasil, o objetivo é alastrar pelo país o movimento contra a privatização do petróleo

Com palavras de ordem, faixas, cartazes e muita animação, a estudantada partiu da UERJ até o Edifício Sede da BR Distribuidora, no bairro do Maracanã. Lá entoaram músicas e muitos gritos contra os leilões. Depois seguiram para o Maracanãzinho, local da plenária final do Coneb, onde encerraram a manifestação.
Na próxima plenária nacional da campanha, a direção dos petroleiros do Rio espera aprovar uma jornada nacional contra os leilões.  A idéia é contagiar o país inteiro com a defesa da apropriação popular dos recursos do petróleo, com o monopólio estatal e a constituição de uma Petrobrás 100% pública e estatal.
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Na manifestação do dia 17 contra os leilões e pela destinação de 50% do Fundo Social do pré-sal para educação, além das palavras de ordem da campanha “O Petróleo Tem que Ser Nosso”, os estudantes defenderam 10% do PIB para educação e denunciaram o absurdo aumento de salário dos parlamentares e da presidência. Em diversas intervenções, a coordenação também destacou que esse ato se solidarizava às vítimas das chuvas da região serrana e exige dos governos ações concretas de infraestrutura urbana e construção de moradias dignas.
Fonte: Agência Petroleira de Notícias
Fotos: Samuel Tosta / Agência Petroleira de Notícias

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