O Bandejão da Universidade Federal do Rio de
Janeiro – UFRJ, nos últimos tempos tem servido cardápios pouco convencionais
aos seus alunos. Hoje por exemplo, foi Chuchu, feijão e farinha. Outro dia
arroz, feijão e salada. Quase todos os dias a quantidade de refeições é
insuficiente para a demanda, os funcionários do restaurante serve o restante da
alimentação, ou seja, refeições incompletas. Os próprios funcionários do Bandejão
reconheceram que tem faltado com frequência alimentação e que o numero de
refeições oferecidas diariamente não é suficiente para todos que procuram pelo
“serviço”. Ainda segundo os funcionários todos os problemas são de conhecimento
dos gestores da universidade, que não tem tomado as devidas providencias para
sanar os problemas é permitir que os alunos possam fazer a refeição mais
importante do dia e assim possam cumprir seu objetivo principal na universidade
que é estudar.
Em uma universidade com aproximadamente 45
mil estudantes, só é possível contar com dois restaurantes universitários, cuja
a capacidade não chega a 7% dos estudantes da graduação, lembrando que outros
seguimentos da universidade também usam o serviço. As refeições no período
noturno são limitadíssimas. E nos outros campis não existem restaurantes
universitários em nenhum período, caso da Praia Vermelha e IFCS.
O número de alunos oriundos de setores
populares tem aumentado na universidade, no entanto as políticas para mantê-lo
na universidade em condições de estudo não tem aumentado na mesma proporção. É
visível que a expansão desenfreada e sem planejamento começa a ter implicações
sérias principalmente no que toca a assistência estudantil. Provavelmente na
formação também.
O montante de recursos destinados para
assistência estudantil da UFRJ no ultimo ano foi de 30 milhões de reais. Parte
significativa deste recurso foi para o contrato exorbitante da empresa de
transporte circular e inter campi que levam os alunos como “sardinha enlatada”.
Com o aumento das passagens na cidade e o baixíssimo valor da bolsa permanência
e auxilio, o número de alunos que recorrem ao transporte e o bandejão tem
aumentado significativamente. Soma-se a isso a total falta de planejamento
destes serviços que vem vergonhosamente acumulando muitas reclamações.
Entendemos a assistência estudantil como direito
de todos. Numa lógica universal, longe de qualquer viés assistencialista e focalista.
Os problemas dos bandejões (DOIS para 45 MIL) são constantemente informados ao órgão
responsável, o mesmo deveria verificar as condições de oferta deste “serviço”
com uma certa frequência no sentido de verificar novas demandas e melhorar o
atendimento aos usuários. Isto é o mínimo do que se espera de um órgão que diz
administrar uma política fundamental para permanência de milhares de alunos na
universidade.
Um comentário:
o bandejão é aberto a todos os alunos ?
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